Diversos estados e mais de mil cidades no país adotaram a causa e instituíram a celebração por meio de leis municipais e decretos estaduais. Alagoas foi o primeiro estado brasileiro a decretar feriado no Dia da Consciência Negra, em 1955. Foi no território alagoano, à época pertencente a Pernambuco, que Zumbi nasceu. O Quilombo dos Palmares, o mais famoso pela resistência e organização em diferentes aldeias interligadas e considerado o maior quilombo territorial e temporal do Brasil, ficava na Serra da Barriga, no atual município de União dos Palmares. A comunidade quilombola durou cerca de cem anos. Em seu auge, chegou a abrigar de 25 mil a 30 mil negros.
O dia homenageia o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada pelas tropas coloniais brasileiras, no ano de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares. Zumbi teve sua cabeça exibida em praça pública. A representação do dia ganhou força a partir de 1978, quando surgiu o Movimento Negro Unificado (MNU) no país, que transformou a data em nacional. Desde 1997, Zumbi faz parte do Livro dos Heróis da Pátria, no Panteão da Pátria e da Liberdade.
Pátio do Carmo, no Recife, capital de Pernambuco, local onde a cabeça de Zumbi dos Palmares ficou exposta até completa decomposição.
Segundo a historiadora da Fundação Cultural Palmares, Martha Rosa Queiroz, a data é uma forma encontrada pela população negra para homenagear o líder na época dos quilombos, fortalecendo assim mitos e referências históricas da cultura e trajetória negra no Brasil e também reforçando as lideranças atuais. “É o dia de lembrar o triste assassinato de Zumbi, que é considerado herói nacional por lei, e de combate ao racismo”, afirma. A lei federal de 2011 (12.519) institui o 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra. A adoção dos feriados fica por conta de leis municipais. Diversas atividades são realizadas na semana da data como cursos, seminários, oficinas, audiências públicas e as tradicionais passeatas.
Em 2003, o Dia da Consciência Negra entrou no calendário escolar com a lei que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas. Oito anos depois, a então presidente Dilma Rousseff oficializou a data como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
Dois anos depois da primeira celebração, o questionamento do grupo gaúcho virou notícia nacional. ”Esse foi o momento mais glorioso da história do povo negro no Brasil e, infelizmente, nossa historiografia o diminui no tempo e até na apresentação dos fatos principais”, dizia Oliveira Silveira ao Jornal do Brasil. A partir dali, atos relembrando figuras negras históricas e esquecidas passaram a ser replicados em outros cantos do país, todo mês de novembro
Catalepsia patológica é um distúrbio bastante incomum, do qual o indivíduo encontra-se em um estado onde os músculos do corpo tornam-se rígidos como uma estátua, dando a impressão de que se trata de um óbito. No passado era comum há existência de relatos dos quais as pessoas diziam presenciar ou ouvir a respeito de casos onde um indivíduo declarado como morto teria acordado durante um velório por poderes sobrenaturais. No entanto, esta impressão da época era porque não havia recursos tecnológicos como os existentes atualmente para diagnosticar estados patológicos como o do causado pela catalepsia.
Esse tipo de doença nervosa deixa o corpo da vítima com aspecto de um boneco de cera, por haver uma plasticidade motora. Os músculos que podem ser movidos para qualquer direção, permanecem assim até que o doente se recupere do distúrbio. Para piorar a situação da vítima, em um estado cataléptico o doente fica consciente de tudo o que acontece ao seu redor, mas por ter suas funções vitais desaceleradas não consegue reagir fisicamente.
A catalepsia patológica pode durar alguns minutos, vários dias e ate mesmo semanas (casos extremos), sendo suas causas variadas. Acredita-se que esta doença pode ser desencadeada por fatores genéticos, onde o indivíduo possui uma predisposição maior para desenvolver a doença e também por problemas congênitos onde há má formação em alguma região cerebral. Pode também aparecer como resultado de outras doenças nervosas como a esquizofrenia, epilepsia, síndrome neuroléptica maligna, debilidade mental, histeria, depressão, grave trauma emocional, doença de Parkinson e, também ser ocasionada por traumatismo craniano, alcoolismo e intoxicação por certos narcóticos. A catalepsia patológica pode ainda aparecer como um efeito colateral de medicamentos anti-psicóticos usado para tratar a esquizofrenia.
Antigamente, quando a catalepsia não era bem compreendida pela medicina, muitos homens e mulheres catalépticos foram enterrados vivos, pela crença de que eles estavam mortos. Quando despertavam de seus estados patológicos muitos morriam sufocados em suas próprias covas, outros conseguiam se debater e sobreviver, reforçando as lendas que assombravam a população da época como a da existência de vampiros. Estados catalépticos também têm sido historicamente associados com hipnose e abdução por alienígenas.
O tratamento da doença consiste na utilização de medicamentos benzodiazepínicos para evitar as crises catalépticas, relaxando os músculos e evitando o estado de imobilidade total. No entanto, devido a sua ação sedativa e por ser relaxante muscular, os benzodiazepínicos causam como efeitos colaterais sonolência, diminuição da concentração e até mesmo tontura em seus administradores.
Em casos mais extremos, onde a doença não responde bem ao uso de medicamentos, o uso da eletroconvulsoterapia (ECT) é eficaz. É importante ainda o cataléptico ter acompanhamento de um Neurologista.
O movimento surgiu na Austrália, em 2003, chamado Movember, aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, realizado no dia 17 de novembro.Em vários países, o Movember é mais do que uma simples campanha de conscientização. Há reuniões entre os homens com o cultivo de bigodes (ao estilo Mario Bros), símbolo da campanha, onde são debatidos, além do câncer de próstata, outras doenças como o câncer de testículo, depressão masculina, cultivo da saúde do homem, entre outros.
No Brasil, o Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de quebrar o preconceito masculino de ir ao médico e, quando necessário, fazer o exame de toque, e obteve ampla divulgação. Em 2014, o Instituto realizou 2.200 ações em todo o Brasil, com a iluminação de pontos turísticos (como Cristo Redentor, Congresso Nacional, Teatro Amazonas, Monumento às Bandeiras), adesão de celebridades (Zico, Emerson Fittipaldi, Rubens Barrichello), ativações em estádios de futebol, corridas de rua e autódromos, além de palestras informativas, intervenções em eventos populares e pedágios nas estradas.
Ainda sobre as comemorações da semana, nos idos de 29 e 30 de novembro do ano de 2016, a no âmbito das Forças Armadas, a Unidade Militar Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ) sediada na cidade de Niterói, RJ, realizou um ciclo de palestras relativas a 1ª Semana do Homem em que exaltava o tema do Novembro Azul, posto que é uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades, sejam elas públicas ou privadas, com o fito de conscientização a respeito de doenças masculinas, com vistas a diminuição do preconceito masculino e com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. Sobre o assunto, o público presente, na maioria homens militares das Forças Armadas Brasileiras, pôde assistir a palestra ministrada sobre “Câncer de Próstata”, proferida pelo Médico Vitor Menezes Marques e sobre a “Lei Maria da Penhas e suas implicações”, proferida pelo jurista Adolfo Moisés Vieira da Rocha. “Com isso a BNRJ não somente estimula uma mudança comportamental, como também propicia uma melhoria na qualidade de vida dos militares da Base da nossa Esquadra”.
O diagnóstico precoce pode salvar vidas! Faça parte desta causa! ☎ (11) 4692-5451 ☎ (11) 97204-9801 ☎ (11) 97204-9801 WhatsApp Acesse nosso blog https://www.funeart.com.br/blog/ Instagram: @funeart_oficial Youtube: funeart Facebook: funeart www.funeart.com.br atendimento@funeart.com.br
Criada para homenagear os entes queridos que já faleceram e celebrada desde a Idade Média, o Dia de Finados é celebrado, inclusive, por outras religiões. Conheça cinco fatos curiosos sobre o feriado que o Portal Revide selecionou.
1. O Dia de Finados é celebrado pela igreja católica, com preces para as pessoas que já se foram. Esta data é feriado nacional em várias partes do mundo, para que as pessoas se dediquem, exclusivamente, a seus entes queridos. A palavra finado significa “aquele que se finou”, ou seja, teve o seu fim, acabou, foi extinto.
2. No início da história da Igreja, os cristãos rejeitavam a ideia de relacionamento com mortos. Nessa época, eles pensavam que as almas simplesmente adormeciam, até o momento do julgamento final. Acredita-se que a tradição do feriado tenha surgido a partir dos celtas, povos que acreditavam na vida após a morte e separavam uma data anual para homenagear e evocar os mortos.
3. O costume de rezar pelos mortos foi introduzido paulatinamente na liturgia (conjunto de rituais executados ao longo do tempo) na Igreja Católica. O principal responsável pela instituição de uma data específica dedicada à alma dos mortos foi o monge beneditino Odilo (ou Odilon) de Cluny.
4. Em cada lugar do mundo a tradição é passada de uma maneira. No Brasil, o Dia de Finados é uma data triste, afinal, as pessoas lembram de seus entes e sentem saudades. Já no México, é diferente: os mexicanos realizam festas com muitos banquetes, pois acreditam que nesse dia as almas de seus entes voltariam para fazer uma visita a seus familiares e amigos.
5. As flores mais utilizadas na data são as conhecidas do campo: Margaridas e crisântemos. Além de que as cores e os tipos também são diferenciados de acordo com a cultura. Aos orientais, por exemplo, é essencial descartar plantas com espinhos, pois, não são bem aceitas pela família.
Histórias de imortalidade e ressurreição fascinam os seres humanos desde que o mundo é mundo. Ainda que a expectativa de vida dos habitantes deste planeta tenha quase duplicado nos últimos séculos graças aos esforços de vacinação e saneamento básico, só há uma certeza para todos: um dia, vamos partir dessa para uma melhor (ou pior, vai saber…). Seja por doença, acidente ou velhice, a morte é o mais democrático dos processos biológicos.
Mas e se pudéssemos enganá-la? Certamente essa pergunta já passou pela mente de muitos cientistas, filósofos e escritores. Será que um dia descobriremos uma maneira de arrumar os defeitos e as falhas das células e dos órgãos de modo que eles nunca pifem? A aposta de alguns grupos está na criogenia, a técnica de conservar o corpo numa temperatura baixíssima para que, no futuro, quando a medicina tiver mais remédios eficazes contra as doenças que nos assolam hoje, esse indivíduo, morto outrora, seja “religado” e volte a viver.
Parece loucura, mas existem três instituições que fazem esse processo atualmente: a Alcor Life Extension Foundation, a Cryonics Institute, ambas nos Estados Unidos, e a KrioRus, na Rússia. De acordo com os números divulgados, elas possuem um total de 350 corpos ou cabeças (também há a opção de preservar só essa parte) conservados dentro de seus tanques gelados.
O processo é relativamente simples: logo após a morte, uma equipe vai até o hospital ou a casa e inicia os trabalhos. O primeiro passo é fazer o transporte do indivíduo num recipiente cheio de gelo. Depois, todo o sangue é drenado e substituído por uma substância conservante. A troca do líquido vermelho faz com que todas as células ganhem um aspecto vitrificado.
Na sequência, o corpo é ajeitado de ponta cabeça dentro de um tanque com nitrogênio líquido — a ideia é conservar o cérebro ao máximo, caso seja necessário abrir a tampa ou desligar o sistema por algum motivo. A temperatura é reduzida aos poucos até atingir -196 ºC. Tudo é feito bem devagar para evitar que as células sejam danificadas com a formação de cristais de gelo.
Na geladeira
A primeira pessoa a ser preservada pela criogenia foi o americano James Bedford, professor emérito de psicologia da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Ele morreu em 1967, aos 73 anos, vítima de um câncer de fígado. Ano passado, foi comemorado seu “aniversário” post-mortem de 50 anos. Desde então, outros notáveis passaram a integrar o time dos congelados, como o lendário jogador de beisebol Ted Williams (1918 – 2002), o pai da criogenia Robert Ettinger (1918 – 2011), o ator Dick Clair (1931 – 1988) e o programador pioneiro dos bitcoins Hal Finney (1956 – 2014).
A primeira pessoa a ser congelada para o futuro, foi o professor de psicologia James Bedford, da Universidade da Califórnia, em 1967
Esses e outros nomes de famosos e ricaços se justificam pelo preço salgado praticado pelas empresas: a Alcor cobra cerca de 200 mil dólares para o corpo inteiro e 80 mil só para a cabeça. Em terras americanas, existe a possibilidade de pagar módicas parcelas mensais para usufruir desse serviço após o final da vida. Na KrioRus, o investimento fica entre 18 e 36 mil euros. A companhia russa ainda tem particularidades. Em vez de tanques individuais, eles usam reservatórios com capacidade de estocar até sete clientes — há ainda a possibilidade de criopreservar os animais de estimação juntos de seus donos.
Legal, a criogenia parece realmente fascinante e alguns estudos-piloto demonstraram ser possível reanimar cobaias congelados em laboratório. Mas, infelizmente, a boa e velha ciência não se empolga tanto com o tema… Alguns experts chegam a classificá-lo como charlatanice ou um verdadeiro risco por criar falsas esperanças nas pessoas.
Existem muitos entraves nessa história para pensar que um dia será possível “religar” um ser humano. O primeiro está no próprio cérebro: o órgão tem uma série de barreiras que impedem a entrada de substâncias em seu interior. Isso é um mecanismo de proteção contra a invasão de elementos perigosos, como vírus e bactérias. Desse modo, a chegada daquele líquido conservante que impediria danos às célula até a massa cinzenta fica prejudicada.
Outra coisa: ainda não possuímos o conhecimento total de como ocorrem os processos entre os neurônios. Onde ficam guardadas as memórias? Como elas são perdidas ou recuperadas? Como as células nervosas estabelecem conexões entre si? Qual o papel exato dos neurotransmissores em cada uma dessas etapas? Com tantas perguntas sem resposta, é difícil imaginar que o simples “congelamento” do cérebro hoje seja suficiente para preservá-lo num amanhã, com a medicina mais avançada.
A primeira mulher na China a ser congelada em criogenia
Mais dificuldades à vista
Alguns cientistas especulam que, mesmo se for possível fazer aquela cabeça pegar no tranco novamente, é provável que boa parte das lembranças daquele indivíduo esteja perdida para sempre. Além disso, há uma grande chance de ele acordar para sua segunda vida com uma personalidade completamente diferente da que era conhecido no passado.
Outra esperança dos entusiastas da criogenia é criação de alguma interface homem-máquina. Desse modo, seria possível fazer o download das informações armazenadas naquele cérebro e transferi-las para um computador. Por meio da inteligência artificial, o sujeito viraria um ciborgue e estaria de volta à ativa. Sem criar ilusões, essa possibilidade é ainda mais remota e a ciência está engatinhando nessa área do conhecimento.
Não dá pra saber também o impacto de manter as células numa temperatura tão baixa por tanto tempo. O exemplo mais próximo disso que temos no mundo real foi o caso de Anna Bagenholm que, em 1999, sofreu um acidente enquanto esquiava na Noruega. Ela ficou por 80 minutos praticamente imersa em água congelante antes de ser encontrada pelas equipes de resgate. Anna ficou presa, mas conseguia respirar.
Enfim, sua temperatura corporal atingiu 13,7 ºC — a média normal é de 36,5 ºC. Quando Anna acordou após o trauma, só conseguia mover o pescoço. Até hoje, ela sofre com dores nas mãos e nos pés pelos danos que o frio causou em seus nervos.
Claro que a criogenia tem a sua utilidade: hoje em dia ela já é utilizada para preservar óvulos, espermatozoides e embriões humanos, que podem ser reanimados e servir para uma reprodução assistida após meses ou anos guardados. Há a possibilidade também de preservar órgãos inteiros para transplantes, mas a coisa ainda não está bem estabelecida. Agora, a ideia de guardar um corpo inteiro com pretensões futuras é um passo muito grande e, por ora, está mais no reino da ficção mesmo.
A morte é universal, e toda sociedade e suas religiões têm uma maneira única de lidar com ela. Esses rituais de morte revelam muito sobre uma cultura, e o que as pessoas valorizam e acreditam.
1. A transição para a morte na África
Nas religiões da África, a vida não termina com a morte, e sim continua em outro plano. Os conceitos de vida e morte não são mutuamente exclusivos, e não existem linhas de divisão claras entre eles.
Para eles, a jornada para o mundo dos mortos tem muitas interrupções, então se os ritos funerários não forem feitos de modo correto, o falecido pode voltar e incomodar os parentes vivos.
Por isso, muitos povos africanos têm o costume de remover o cadáver através de um buraco na parede de sua casa e não através da porta. Depois, geralmente o caminho até o cemitério é feito em zigue-zague.
Desse modo, se torna mais difícil para a pessoa morta lembrar o caminho de volta para os vivos. Após a passagem, o buraco na parede então é imediatamente fechado.
2. O funeral de jazz de Nova Orleans
Esse tipo de funeral é típico de Nova Orleans, Louisiana: um desfile funerário barulhento e com muito jazz.
Essa mistura entre tradições africanas, francesas e afro-americanas fazem com que os funerais em Nova Orleans atinjam um equilíbrio único entre alegria e tristeza.
Os familiares então são conduzidos por uma banda, que toca músicas tristes no início, mas depois que o corpo está enterrado eles mudam para uma versão mais otimista, com muita música e dança..
3. Enterro do céu na Mongólia e no Tibete
Muitos budistas Vajrayana na Mongólia e no Tibete acreditam na continuação dos espíritos após a morte. Para eles a alma continua, enquanto o corpo se torna um vaso vazio.
Então, para devolvê-lo à terra, o corpo é cortado em pedaços e colocado em uma montanha, desprotegido, para que ele possa se fundir aos elementos da natureza.
Essa é uma prática realizada há milhares de anos e cerca de 80% dos tibetanos ainda a escolhem.
4. Pérolas sul-coreanas
Kim Il-nam mostra as cinzas de seu pai após processo de cristalização oferecido pelo crematório (Foto: Ahn Young-joon/AP)
Na Coreia do Sul, por causa da diminuição do espaço nos cemitérios, a cremação tornou-se muito popular, porém as famílias nem sempre optam por manter as cinzas.
Em vez de armazenar as cinzas de seus parentes cremados em uma urna, os sul-coreanos optam por transformar os restos de entes queridos em pérolas brilhantes.
Atualmente várias empresas fazem esse trabalho, e as pérolas podem ser produzidas em cores diferentes, incluindo azul, verde, rosa e preto. Esse processo custa cerca de R$ 3000.
5. Cremação em Bali
Na tradição balinesa, a cremação libera a alma para que ela seja livre para habitar um novo corpo. Fazer isso ao falecido é considerado um dever sagrado para as pessoas.
Em geral, o falecido é enterrado logo após a morte. Depois, quando a cerimônia de cremação é decidida, o morto é novamente removido da sepultura.
A cerimônia da cremação é composta por três dias de festa. O primeiro é usado para purificar o cadáver da cabeça aos pés com água benta. O segundo para elaborar as ofertas, e o terceiro é a incineração. O corpo é então colocado em uma torre funerária, que pode ter até 12 metros de altura, dependendo da riqueza da família e de sua casta.
6. Caixões fantasia em Gana
Um dos exóticos caixões de Gana
Em Gana, acredita-se que a morte é o início de uma nova vida, e por isso o falecido deve receber um ritual feliz e entusiasmado. Nessa recente tradição de Gana, as pessoas aspiram a serem enterradas em caixões personalizados, que podem representar seu trabalho ou algo que amaram na vida.
A origem mais provável data da Idade Média, quando cavaleiros europeus sepultavam militares de alta patente dando três tiros ao alto, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para afastar maus espíritos. Os 21 tiros surgiriam depois, ainda no período medieval, quando os rituais de salva fúnebre e de gala (para cumprimentos militares) se unificaram. Ao se aproximar de uma fortificação, tropas de guerra descarregavam canhões e mosquetes, demonstrando vir em paz. O procedimento também foi adotado por tripulações de navios, avisando sobre sua chegada em território alheio.
Para o historiador Claudio Moreira Bento, uma das possíveis escolhas do número 21 teria se dado porque, na época, sete era a salva máxima de tiros a bordo, que devia ser respondida três vezes pelas fortificações de terra, ou seja, com 21 tiros. Daí em diante, a tradição permaneceu. Salvas de gala homenageiam governantes e militares. Salvas fúnebres são feitas pela Força Armada à qual pertencia o falecido.
Mas apesar de hoje se tratar de uma tradição que usa unicamente armas de fogo, a origem do gesto é anterior a elas. Ela vem da época em que guerreiros andavam por todos os lugares, e colocavam as pontas de suas armas no chão para indicar que vinham pacificamente.
Mesmo com o advento e popularização da pólvora, a tradição continuou, ainda que tenha mudado bastante. Quando canhões se tornaram algo comum tanto em terra quanto em navios, por volta do século 14, virou costume que as embarcações que se aproximavam de um porto estrangeiro disparassem todas as suas armas. Como a recarga era relativamente demorada, isso servia de garantia para indicar que o barco estava “indefeso” e que não tinha intenções hostis no local.
Com o tempo, o costume mudou novamente. Quando um navio inglês chegava a uma nova cidade portuária, disparava apenas sete vezes. Isso se dava provavelmente por motivos religiosos – o sete é um número recorrente na Bíblia –, mas não há uma fonte que comprove essa teoria. Outra ideia era de que a maior parte dos navios ingleses portavam apenas sete armas, e por isso os sete disparos. Adotou-se então o padrão de sempre se saudar um porto com esse número de tiros para indicar intenções pacíficas.
Três para um
Obviamente, a maioria dos navios da época carregava munição suficiente para disparar contínuas vezes, mas o ato era meramente simbólico. Outra teoria diz que o sete foi escolhido por ser um “número da sorte” entre os marinheiros da época, que eram muito supersticiosos. Durante um tempo foi comum disparar uma salva de balas com um número par para indicar que o capitão de um navio havia morrido durante a viagem.
Para indicar que o gesto tinha sido recebido e aceito, os responsáveis pela defesa da cidade atiravam em resposta. No entanto, três tiros eram dados para cada um dos sete vindos da embarcação, totalizando 21 disparos. A provável razão disso era mostrar que o lugar, embora estivesse recebendo aqueles marinheiros, estava bem preparada para se defender. Novamente, isso é mera especulação, já que não relatos formais para essa teoria.
O que se tem registrado é que, depois de um tempo, os próprios navios passaram a disparar também 21 tiros. Já que as embarcações foram se tornando cada vez maiores e necessitavam estar mais bem equipadas, é provável que os capitães quisessem mostrar que seriam um desafio à altura. Logo, a salva deixou de ser uma “declaração de boas intenções” e passou a ser uma saudação formal.
Complicações americanas
No começo do século 18, por volta de 1730, o governo britânico passou a reconhecer oficialmente o gesto, inclusive autorizando que a Marinha Real usasse os 21 tiros como forma de honrar membros da família real em aniversários. Em 1808, essa passou a ser a maneira oficial de se honrar a realeza britânica.
Com o tempo, outras nações também adotaram a saudação em seus ritos oficiais. Os Estados Unidos, no entanto, demoraram muito mais para “aderir” à ideia. Isso porque em 1810 o país estabeleceu que o gesto adequado para reverenciar seus dignitários era um tiro para cada estado da União. Como esse número só crescia a cada ano, logo o gesto ficou extremamente longo e inadequado.
Em 1842, os EUA adotaram os 21 tiros apenas como a saudação presidencial. Em 1875, a Inglaterra propôs que a nação americana adotasse a salva de 21 disparos para seus representantes, da mesma forma que a maioria dos países europeus já fazia, o que foi aceito. Apenas em 1890 que o gesto foi aceito como saudação nacional pelo congresso americano.
A saudação nos dias atuais
Ainda hoje, a salva de 21 tiros significa uma grande demonstração de respeito a alguma autoridade. Nos Estados Unidos, ela é reservada para honrar o presidente, vice-presidente e chefes de Estado estrangeiros, podendo ser disparada também em homenagem à bandeira americana. Também se realiza os tiros ao meio-dia da data em que é realizado o funeral de um presidente, ex-presidente ou presidente eleito, assim como no Memorial Day, feriado nacional daquele país.
No Brasil, ela acontece para saudar o presidente da República, um chefe de Estado estrangeiro no momento de sua chegada à capital federal, e os presidentes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, por ocasião das sessões de abertura e de encerramento de seus trabalhos.
Curiosamente, a salva de balas que acontece em enterros militares, que geralmente vemos em filmes, não possui necessariamente 21 tiros. Ela deve ter três sequências de disparos seguidas, mas o número de atiradores pode variar entre cinco e oito, segundo o regimento militar dos EUA. Ela surgiu de uma tradição dos campos de batalha, onde os dois lados cessavam fogo temporariamente para recolher seus mortos. As três salvas então serviam para indicar que o confronto podia continuar.
Cremação é uma técnica funerária que visa reduzir um corpo a cinzas através da queima do cadáver. O método comum no mundo ocidental é a cremação do cadáver em fornos crematórios desenvolvidos para esse fim.
A cremação pode ser um funeral ou um rito pós-funeral e é uma alternativa que oferece menos riscos ambientais que o sepultamento do corpo em covas.
História
A cremação é um dos processos mais antigos praticados pelo homem. Em algumas sociedades este costume era considerado corriqueiro e fazia parte do cotidiano da população, por se tratar de uma medida prática e higiênica. Alguns povos utilizavam a cremação para rituais fúnebres: os gregos, por exemplo, cremavam seus cadáveres por volta de 1.000 A.C. e os romanos, seguindo a mesma lista de tradição, adotaram a prática por volta do ano 750 A.C. Nessas civilizações, como a cremação era considerada um destino nobre aos mortos, o sepultamento por inumação ou em tumulamento era reservado aos criminosos, assassinos, suicidas e aos fulminados por raios (considerada até então uma “maldição” de Júpiter). As crianças falecidas mesmo antes de nascerem os dentes também eram enterradas.
No Japão, a cremação foi adotada com o advento do Budismo, em 552 D.C, importado da China. Como em outras localidades, ela foi aceita primeiramente pela aristocracia e a seguir pelo povo. Incentivados pela falta de lugares para sepultamento, pois o Japão possui pouquíssimo espaço territorial, os japoneses incrementaram significativamente a prática. Em 1867, foi promulgada uma lei que tornava obrigatório incinerar as pessoas mortas por doenças contagiosas para um controle sanitário eficaz e eficiente, bem como para racionalizar e obter melhor uso da terra. Os cidadãos passaram a considerar normal cremar todos os mortos e todas as religiões passaram a recomendá-la.
Há religiões que não recomendam a cremação. A Igreja Católica, por exemplo, permite a cremação se não for feita com a intenção materialista – que reduz a realidade ao que os sentidos podem apreender e o homem a um corpo -, de negação da ressurreição dos corpos, mas até recomenda «vivamente» (ver o catecismo) a prática de enterrar os corpos.
Cremações mais antigas
Senhora do Mungo – Nova Gales do Sul junto ao Lago Mungo. Calcula-se que se trate da cremação de uma mulher jovem, efectuada há cerca de 25 000 anos.
Cremação de homem também junto ao Lago Mungo, que se calcula ter sido efetuada há cerca de 60 000 anos,
Cremação no Brasil
A cremação no Brasil exige que a pessoa registre em cartório o desejo de ser cremado, ou então que o parente mais próximo requisite o serviço. Já a disposição final das cinzas é livre, podendo ser conservadas em jazigos ou entregues a um depositário de cinzas.
O primeiro crematório com fins funerais inaugurado no Brasil foi o crematório municipal de Vila Alpina, na cidade de São Paulo, no ano de 1974.
Em 2008 praticamente todos os estados brasileiros dispõem de um crematório, sendo que a Grande São Paulo conta com três deles. O crematório da Vila Alpina crema cerca de 300 cadáveres ao mês.
As cinzas não retiradas dos crematórios são, via de regra, espalhadas nos jardins que entornam os crematórios.